02/04/2014

ATRAVESSANDO O DESERTO... SILÊNCIO... CORAÇÃO/REVELAÇÃO...LUZ/REALIZAÇÃO...

"Não creio ser um homem que saiba. Tenho sido um homem que busca, mas já agora não busco mais nas estrelas e nos livros: começo a ouvir os ensinamentos que meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e o sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mentir a si mesmo"(Hermann Hesse)

"Nem um itinerário nem uma errância, a vida interior é uma “itinerância”. O caminho não é traçado por antecipação, nossos pontos de referência, nossos marcos, nossas balizas freqüentemente se apagam ou são levadas pelo vento. Entretanto o caminho tem um sentido, uma orientação. No deserto, mais importante que um mapa, é uma bússola, para não perder o norte. Qualquer que seja o deserto a atravessar, você não estará completamente perdido se, neste deserto, você tem um coração."(Jean-Yves Leloup)
  Luz crística, eu superior.
Dispo-me de mim mesma... mergulho no silêncio desértico que atravesso...escuto o som do Inaudível ecoar dentro em mim...EU SOU... vejo o pó do pó que sou bailando na Luz que também sou.... nessa Dança Cósmica me olho frente a frente e vou além...em transformação me reencontro... na origem daquilo que foge a qualquer conceito... vestida em Luz no Agora Sou o que Sou...

E nesse vislumbre de Oásis prossigo... em marcha, para não cristalizar, ao encontro de mim mesma...num continuo ressignificar a cada momento....


Que a Sabedoria seja a Guia...

Que o Amor seja a Salvação...
Que a Fé seja a Verdade que é Vida...

Gratidão pelo "maná" que me sustenta em meio a caminhada no "deserto" até a Suprema Realização da "terra prometida" em todo coração...
Paz profunda!
Toda Luz!
Com Amor
raulita erenha.

"O que evoca para nós a palavra deserto?
Silêncio, imensidão, vento abrasador? Não apenas. Evoca também sede, miragens, escorpiões... e o encontro do mais simples de si mesmo no olhar assombrado e surpreso do homem ou da criança que brota não se sabe de onde – entre as dunas? Existem os desertos de pedras e de areias, o deserto do Hoggar, de Assekrem, de Ténéré e do Sinai e de outros lugares ainda... o deserto é sempre o alhures, o outro lugar, um alhures que nos conduz para o mais próximo de nós mesmos.
Existem os desertos na moda, onde a multidão se vai encontrar como um pode tagarela, em espaços escolhidos, onde nos serão poupadas as queimaduras do vento e as sedes radicais; deles se volta bronzeado como de uma temporada na praia, mas ainda por cima, com pretensões à “grande experiência”, que nos transformaria para sempre em “grandes nômades”.
... Existem, enfim, os desertos interiores. Temos que falar deles, saber reconhecer o que apresentam de doloroso e tórrido, mas tentando também descobrir, aí, a fonte escondida, o oásis, a presença inesperada que nos recebe, debaixo de uma palmeira sorridente, em redor de uma fogueira onde a dança dos “passantes” se junta à das estrelas.
Pois o deserto não constitui uma meta; é, antes, um lugar de passagem, uma travessia.
Cada um, então, tem a sua própria terra prometida, sua expectativa que deverá ser frustrada, sua esperança a esclarecer. Algumas pessoas vivem esta experiência do deserto no próprio corpo; quer isto se chame envelhecer, adoecer ou sofrer as conseqüências de um acidente. Esse deserto às vezes demora muito a ser atravessado.
Outras pessoas vivem o deserto no coração das suas relações, deserto do desejo ou do amor, das secas ou dos aborrecimentos que não aprendemos a compartilhar. Há também os desertos da inteligência, onde o mais sábio vai esbarrar no incompreensível e o mais consciente no impensável. Só conseguimos conhecer o mundo e as suas matérias, a nós mesmos e às nossas memórias quando atravessamos os desertos.
Temos, finalmente, o deserto da fé, o crepúsculo das idéias e dos ídolos, que havíamos transformado em deuses ou em um Deus, para dar segurança às nossas impotências e abafar as nossas mais vivas perguntas. Cada pessoa tem seu próprio deserto a atravessar.
E a cada vez será necessário desmascarar as miragens e também contemplar os milagres: o instante, a aliança, a douta ignorância e a fecunda vacuidade."(Jean-Yves Leloup)

Dust In The Wind

https://www.youtube.com/watch?v=6caUN3HLJSI 

LES CITADELLES DE LUMIERE
https://www.youtube.com/watch?v=Z0RZHDo76sI

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